Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Um blog que serve como memória virtual para temas do meu interesse.
Ao invés de comemorarmos com jantares, flores e afins, deveríamos investir mais em promover a igualdade entre sexos (aceitando, claro, que há diferenças entre homens e mulheres), desmistificando estereótipos e fazendo valer os nossos direitos.
Isto começa por nós, mulheres. Começa na aceitação da nossa natureza de mulher, na aceitação do nosso corpo sem preconceitos impostos pela indústria da moda.
Na aceitação das outras mulheres, sem criticas desconstrutivas.
Na educação que nós, mães, damos aos nossos filhos e filhas.
Rapazes podem brincar com bonecas, fazer tarefas domésticas, aprender a cozinhar, tratar da roupa, da casa.
Raparigas podem brincar com ferramentas, aprender bricolage, mecânica, jogar futebol.
Em não aceitarmos que pessoas que supostamente nos representam, nos discriminem.
E lembremo-nos porque é comemorado este dia, nesta data e não noutra qualquer.
Trabalho na área da saúde e ambiente, com pessoas "formadas" e "informadas", algumas com curso superior e mais que superior...
Nos últimos tempos descobri que sou uma espécie de ave rara aqui no serviço, das poucas que faz a separação dos seus lixos, a única que come biológico (e ainda sou "gozada" por o fazer), das poucas que acha que todos juntos podemos mudar (um pouco) o mundo.
A questão da separação dos resíduos faz-me muita comichão, confesso.
Moro a cerca de 3 km do ecoponto mais próximo, no entanto separo tudo e mais alguma coisa. Vidro, papel, embalagens, pilhas, tampas, rolhas, cápsulas de café, óleo (raramente tenho mas separo), equipamentos electrónicos, lâmpadas, material compostável, ...
Investigação da Sky News, sobre crianças que trabalham nas minas de cobalto, no Congo.
E quem diz em minas, diz nas plantações de cacau ou na produção de óleo de palma, só para citar algumas situações...
Às vezes a sensação de impotência é tanta....
Ontem o pós e contras foi dedicado à Central Nuclear de Almaraz.
Não vi o programa, até porque nos últimos a que assisti a Fátima foi de uma parcialidade gritante.
Após o programa, a RTP1 passou um documentário dedicado a Chernobyl. Interessante e assustador.
É assustador pensar que sou bem capaz de ter utensílios metálicos em casa a emitir radiação (as aldeias em redor foram saqueadas, o metal resultante do saque foi fundido, vendido para a China e a partir daí, já se sabe, chegou ao resto do mundo).
A central apenas foi descativada em 2000 (os 3 reactores restantes continuavam em funcionamento), no entanto ainda existem trabalhadores no local, já que os reactores têm de continuar a ser monitorizados.
E actualmente o governo da Ucrânia pretende começar a usar os terrenos da área irradiada, mesmo da zona proibida, para usos agrícolas. Do ponto de vista económico eu percebo, a zona tem uma área aproximada à do Luxemburgo. Mas, e a segurança de tais alimentos? Que facilmente irão chegar à cadeia alimentar através da alimentação directa ou indirecta (alimentação animal para consumo humano).
Só me lembro da célebre frase, "os deuses devem estar loucos".