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Menos é Mais

21.02.17

Ando a ler (de forma um pouco inconstante, já que o tempo não abunda por estes lados) o livro "Menos é Mais", de Francine Jay. 

 

 

 

"Um guia minimalista para organizar e simplificar a sua vida."Menos é Mais" é um guia divertido que revela os segredos de uma vida com menos consumo e mais plenitude."

 

 

 

 

 

 

 

Estou a anos-luz de ser minimamente minimalista, mas começo a preocupar-me seriamente com a quantidade de objectos que temos em casa, a maior parte deles parados, sem utilidade aparente. 

Porque acumulamos tantos objectos? Alguns foram dados, outros já tiveram a sua utilidade (e devido a isso estão guardados, à espera que voltem a ter essa mesma utilidade), existem ainda objectos comprados por impulso e outros que, enfim, para lá estão nem sabemos bem porquê!

 

Voltando ao livro, ainda estou no inicio, mas deixo algumas citações que considero especialmente inspiradoras:

 

 

 (páginas 29, 54, 75, 76) 

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publicado às 14:33

Feliz aniversário Baby R.

20.02.17

No sábado o meu traquinas fez 2 aninhos! O tempo realmente não pára!

É o mais novo dos meus 3 filhos, logo estamos a entrar numa nova fase lá em casa, a fase em que deixaremos de ter bebés, para passarmos a ter dois rapazolas e uma pré-adolescente (meeedo)!

Por um lado, é com alguma nostalgia que os vejo crescer, ainda ontem era tão bebé, tão pequenino...

Por outro, confesso que já me cansa ter fraldas sujas para trocar, o fraldário, o balde do lixo com um pivete descomunal, a dependência de quem precisa de nós para tudo, os armários fechados com elásticos, ... 

Mas sei que o tempo se vai encarregar de me dar saudade destes tempos, eles crescem tão rápido, qualquer dia já os 3 querem dormir em casa dos amigos, sair à noite, arranjam namorado(as),....

 

 

publicado às 12:08

Nós, Mulheres

15.02.17

Só um desabafo: porque é que nós, as mulheres, somos tão criticas umas com as outras (e connosco próprias?).

Porque estamos tão desconectadas de nós, da nossa natureza, considerando nojento manifestações naturais do nosso corpo (pelos, menstruação, o próprio envelhecimento).

Isto a propósito de alguém (mulher) que criticava no FB a foto de outras mulheres, de axilas com pelos pintados.

Se é bonito, estético, isso vai de cada um (e do que a sociedade nos impõe). Eu vejo mulheres que assumem o seu corpo, sem vergonha ou tabus, isso para mim é de valorizar. 

 

Deixo alguns pensamentos soltos, lidos em artigos no site Revista Vertigem :

(...) Estou falando de uma sociedade que exige que a mulher se esconda para não ser assediada ou quiçá violentada, como se a questão não fosse os homens não respeitarem o corpo da mulher e a considerarem um objeto de seu prazer.(...)

 

(...) não sou magra, tenho dobrinhas, celulites, meu rosto tem marcas. Você se identificou? Pois é, todas, eu disse todas nós somos assim, porque para ser o ideal do mundo machista nós teríamos que morrer. E sim, efetivamente, mulheres que tentam manter esse perfil de beleza estão morrendo, abrindo mão de suas próprias vidas ou sanidade mental (...)

 

(...) Estudando a história da humanidade, você aprende que não há muita diferença entre as bruxas queimadas na inquisição e, nós, nos tempos atuais. Bruxas não eram más, não eram vadias, eram mulheres que ousaram pensar, dançar com seus corpos gordos, magros, pretos, brancos, manchados, reais! Mulher, você não precisa ser aprovada por homem algum para ser amada, precisa mesmo é conhecer seu poder feminino (e isso não tem nada a ver com expulsar as invejosas) e saber que chamar uma outra mulher de vaca, vadia e piranha é um xingamento estendido a você mesma e à sua mãe. Precisa conhecer e viver uma palavra chamada sororidade e reconhecer que, quando ataca uma foto de outra mulher, não é porque está avaliando um crime, mas por você ter que tocar, através  da foto e dos xingamentos, em todas as suas dores, amarguras, medos e abandonos. (...)

 

Aqui falo de mulheres, mas possívelmente os homens também "sofrem" destas pressões. "Homens não choram", por exemplo, é uma frase tão castradora e limitadora da natureza masculina... 

publicado às 14:45

Meditação

14.02.17

Desde o inicio de 2017 que as minhas rotinas andam completamente descontroladas, ginásio 0, meditação 0.

Hoje lá consegui ir, era apenas eu e a facilitadora. (O que significou mais de 1 h de conversa fiada e uns 25 minutos de meditação efectiva!) 

Mas sabe tão bem meditar, ando mesmo a procurar canais no youtube de meditação guiada, para tentar fazer em casa (para já acho mais fácil se tiver orientação).

Vantagens: sinto que fico mais calma, mais focada. Transmite-me paz interior. Como treinamos algumas "respirações", uso-as em momentos de stress ou simplesmente para adormecer à noite. As meditações baseadas em mindfulness ajudam igualmente a prestar atenção nos pequenos detalhes, algo muito importante nesta vida agitada.

 

No site da Sociedade Portuguesa de Meditação estão elencadas 21 razões (cientificamente validadas) para praticar meditação:

Reforça a sua saúde
1 - Aumenta a função imunológica - ver em psychosomaticmedicine e sciencedirect
2 - Diminui a dor - ver em pmc
3 - Diminui a inflamação a nível celular - ver em sciencedirectsciencedirect esciencedirect
4- Melhora a saúde do seu coração - ver em Heart Health Association


Aumenta a sua felicidade
5 - Aumenta as emoções positivas - ver em psychosomaticmedicine e apa
6 - Diminui a depressão - ver em springer, thelancet e CAMH
7 - Diminui a ansiedade - ver em liebertpub e psychiatryonline e sciencedirect
8 - Diminui o stress - ver em apa e psychosomaticmedicine


Reforça a sua Vida Social
Pensa que a meditação é uma atividade solitária? Pode ser (a menos que medite num grupo), mas esta prática realmente aumenta o seu sentido de conexão com os outros:

9 - Aumenta a conexão social e inteligência emocional - ver em apa e apa
10 - Permite elevar os níveis da sua compaixão - ver em psycologicalsciencestanfordsagepub e daviddesteno
11 - Diminui o sentimento de solidão - ver em sciencedirect


Aumenta o seu Auto-Controlo
12 - Melhora a sua capacidade de regular as suas emoções - ver em stanford
13 - Melhora a sua capacidade de introspecção - ver em berkeley

Altera o seu Cérebro (para melhor)
14 - Aumenta a massa cinzenta - ver em sciencedirect
15 - Aumentos de volume em áreas relacionadas com a Regulação Emocional, Emoções Positivas e Auto-Controlo - ver em sciencedirect e psychosomaticmedicine
16 - Aumenta a espessura cortical em áreas relacionadas com a atenção - ver em ncbi


Aumenta a sua Produtividade (sim, não fazendo nada)
17 - Aumenta o seu foco e a sua atenção - ver em springeracmplosbiology esciencedirect
18 - Melhora a sua capacidade de multitarefa - ver em acm
19 - Melhora a sua memória - consultar em sciencedirect
20 - Melhora a sua capacidade de ser criativo e pensar "fora da caixa" - ver a investigação de J. Schooler (ucalifornia-sb)

21. Torna-o mais Sábio
Não no sentido intelectual, mas permite-lhe ter perspetiva: Ao observar a sua mente, percebe que não tem que ser escravo dela. Percebe que faz birras, fica mal-humorado, ciumento, feliz e triste, mas que não tem que se identificar com esses estados mentais. A meditação é simplesmente um processo de higiene mental: limpar o lixo, ajustar os seus talentos, e entrar em contato consigo mesmo. Pense nisso, toma banho todos os dias para limpar o seu corpo, faz, provavelmente, algum tipo de atividade física, mas já o que faz com a sua mente? Para além de a sobrecarregar com milhares de estímulos diariamente?

Como consequência da prática meditativa vai sentir-se mais calmo, sereno, com a forte possibilidade de ver as coisas com maior perspetiva. "A qualidade da nossa vida depende da qualidade da nossa mente", escreve Sri Sri Ravi Shankar.

 

E aqui fica um pequeno vídeo, para meditar num minuto

 

publicado às 15:41

Queijadas de leite "paleo"

12.02.17

Continuo em temas de cozinha. Deixo aqui uma receita de queijadas, simples de fazer e que se enquadram no estilo de alimentação paleo.

A receita original está no site PALEOXXI, feita com robot de cozinha tipo yammi ou bimby.

 
Ingredientes:

4 ovos

250 g queijo quark (eu já fiz com natas frescas e ficaram excelentes)
raspa de limão
2 colher de sopa mel
60 g coco ralado
1 colher de chá femento em pó
óleo de coco q.b.
Canela em pó q.b.
 
 
Procedimento:
 
Pulverizar o coco ralado e reservar (é como quem diz, triturar o coco para o tornar mais "fino)
Colocar o queijo, os ovos, a raspa de limão e o mel no e programar 1 minuto, velocidade 3 (portanto, é misturar tudo muito bem).
Juntar o coco e o fermento e programar 1 minuto velocidade 2 (o que significa, misturar).
Untar formas de silicone com óleo de coco e levar ao forno a 180º, cerca de 15 minutos. Quando esfriarem polvilhar com canela em pó.

 

Notas: Recomendo que não fiquem muito "assadas", portanto os 15 minutos é mesmo o ideal. Para mim ficam bem de doce, para os meus filhos mais velhos têm pouco açúcar. Já o mais novo, menos habituado a coisas doces, come bem.

 

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publicado às 15:04

Verduras e saladas

10.02.17

Ainda sobre comida... na alimentação "paleo" não se consomem cereais (supostamente no paleolítico não havia forma de os processar), leguminosas com com muita parcimónia (devido à existência de fitatos, no entanto consigo imaginar os nossos ancestrais a comerem algumas ervilhas frescas) e batatas e tubérculos com moderação (isto mais para quem quer emagrecer).

A restrição de cereais, onde se inclui a massa e arroz, pode trazer algumas dificuldades nos acompanhamentos. O que tenho usado neste inverno?

- saladas várias: gosto de misturas de alface com rúcula, espinafres, às vezes alguma fruta. 

- legumes cozidos: tenho usado os de época, que estão disponíveis nos cabazes biológicos - brócolos e couve flor têm sido predominantes, mas também tenho comprado nabiças  (que cozo ou faço esparregado). Mais raramente cozo batatas, cenouras, beterraba, couves de bruxelas, feijão verde.

- legumes salteados: adoro os vegetais confeccionados desta forma. Tenho uma mandolina da Borner (passo a publicidade, é cara mas boa), que me ajuda a "ripar" cenoura, pastinaca, beterraba, nabo, cogumelos, misturo com couve cortada em juliana (couve coração ou lombardo) ou espinafres e salteio com azeite. Por vezes cebola (previamente caramelizada), outras vezes polpa de tomate, alho, orégãos, ...

- legumes assados: batatas, batata doce, beterraba, abóbora (a hokaido é muito boa assada), castanhas.

- purés: para não ser só de batata "inglesa", misturo com cenoura, castanhas, batata doce, couve flor. Puré de maçã também pode ser uma alternativa, mas que necessita de outro legume para equilibrar.

 

Enfim, existem mais vegetais, alguns não uso por pura preguiça em arranjar, outros porque não estão disponíveis em cabaz biológico. Mas é possível variar a forma de confecção, tempero e mesmo fazer várias misturas, de modo a que não nos pareça estarmos sempre a comer o mesmo! 

 

ps: actualmente não estou a usar tomate (está disponível no cabaz biológico mas não gosto fora de época) ou courgete (está caríssima porque não é a época dela). Mas são boas opções para variar. 

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publicado às 14:26

Coisas de miúdos #5

08.02.17

O meu Z. tem de facto saídas muito engraçadas.

Ontem o pai foi busca-lo à escola, quando chegaram pergunto-lhe:

- "então Z., onde é que andaram?"

- "fomos andar de foguetão, ver as estrelas!"

- "Foguetão, mas como é que apanhaste o foguetão?"

- "Então, primeiro fomos de avião, quando chegámos ao céu apanhámos um foguetão..."

 

muito viajado este meu filho

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publicado às 14:44

Ideias de Menus

08.02.17

 

 

Gostava de ser mais organizada nas refeições, do género de fazer menus semanais. Mas a verdade é que não sou... 

E pior, às vezes faço refeições que ficam estupendas mas facilmente me esqueço delas!

Neste post vou fazer uma colectânea de receitas, que correram bem, para poder vir recuperar mais tarde (e quem sabe se um dia não organizo um menu semanal?).

 

 

 

 

 

 

- "polvo à lagareiro"

Na panela de pressão, colocar azeite, alho e folhas de louro, deixando ferver um pouco. Juntar o polvo (ainda congelado). Assim que possível fechar a panela e deixar uns 25m a ferver.

Enquanto isso, colocar numa assadeira batata doce, com algum azeite, temperada com sal e ervas aromáticas. Levar ao forno, tapado (para não esturricar a batata). 

Quando o polvo estiver cozido, abrir a panela, se necessário podemos colocar uma parte do molho sobre as batatas que estão a assar, desta forma ficam mais saborosas e não secam.

Quando as batatas estiverem assadas, colocar o polvo (já cortado e com a cabeça limpa) sobre as mesmas, alho esmagado e azeite. Levar uns 10 minutos ao forno para ganhar sabor.

 

- "bacalhau à espiritual numa vertente paleo"

Receita feita na yammi, mas também dá para fazer em processo tradicional. Fiz um refogado com cebola, alho e cenoura partida (na yammi2, 5 minutos na temp máxima), juntei o bacalhau (tinha comprado congelado já desfiado) e cozeu mais 15 minutos.

Tirei o preparado de bacalhau, deixando a água que o bacalhau largou. Coloquei couve flor partida em pedaços pequenos (no caso usei duas), mais um pouco de água, deixei ferver para formar um puré. Quando já estava bastante mole, juntei um pouco de natas, pimenta e noz moscada. Triturei, juntei ao preparado do bacalhau, com o resto das natas (tinha dois pacotes de natas frescas do continente, usei um e meio, +/-). Foi ao forno, no final, já com o forno desligado mas ainda quente, coloquei queijo da ilha ralado (pouco, que a minha malta não gosta de queijo gratinado). Ficou óptimo e ninguém reparou que era de couve flor!

 

- "pipis"

Ontem vi no supermercado uma embalagem de pipis (com muitos pescoços, é certo, mas também moelas, coração, patas e asas). Achei que era capaz de dar um bom petisco, mas comprei também 4 perninhas de frango, para os mais novos.

Num tacho grande fiz refogado habitual, juntei vinho branco, que deixei evaporar um pouco. Coloquei primeiro as peças de carne menos delicadas (a bem dizer tudo menos o fígado -  mas ressalvo que lavei, abri e tirei gorduras extra antes), por cima "calda" de pimentão (feita pela sogra), polpa de tomate, oregãos, pimenta... um pouco de água, mais um pouco de vinho branco e uma pitada de vinho tinto (o processo de cozinhar, para mim, é um pouco errático, confesso, vou ao sabor dos apetites e cheiros). Passado uns 20 minutos juntei o fígado, tapei, e deixei em lume brando uns 30 minutos, talvez (foi até o resto da maltinha comilona chegar a casa). Servi com arroz basmati e salada.

 

- "Perna de peru estufada"

Mais uma receita fruto de inspiração de supermercado. No caso uma embalagem de perna de peru, que estava com promoção devido a aproximação de prazo de validade. Estufei +/- como descrito acima, mas juntei umas rodelas de chouriço que andavam no congelador "há que tempos", cenouras e couves de bruxelas (também perdidas no congelador, tadinhas). Servi com salada e puré, acho.

 

- "Peixe com camarão e molho de coentros"

Super fácil de fazer. Num tacho colocar cebola e azeite. Depois de refogar um pouco, juntar alhos picados, camarão, coentros, deixar refogar mais um pouco, juntar um pouco de vinho branco, o peixe (uso mimos de pescada), água para cobrir o peixe, eventualmente mais alguns temperos (pimenta, sal, pimentão doce). às vezes junto batatas ao molho, para cozerem ao mesmo tempo. Nesses casos acrescento polpa de tomate, para ficarem mais saborosas.

Este tipo de pratos (tudo cozido junto) pode ser feito com legumes, batatas (semelhante às caldeiradas) ou massas. Fácil e prático.

 

 

publicado às 13:04

Documentários interessantes - #7 – Fed Up (Super Alimentado)

03.02.17

Documentário que aborda a obesidade infantil nos EUA. Com direito a site próprio com mais informações, inclusive o desafio “10 dias sem açúcar”.

Fiquei impressionada com muitos pontos: a qualidade das ementas escolares (numa das escolas visadas em cada dia há um tema, pizza hut, macdonalds, e outras marcas que deduzo serem igualmente de fast food), as crianças obesas que correm o risco de AVC’s e outras doenças metabólicas (numa parte do documentário mostram mesmo recortes de jornais onde estão descritas mortes de crianças, com cerca de 10 anos, atribuídas a ataques cardíacos), a falta de conhecimento dos pais em geral sobre o que comer/quais as escolhas saudáveis, as crianças que lutam e sofrem para emagrecer, mas chegam à escola e não têm qualquer opção saudável para comer (as escolas dos EUA são em parte financiadas por empresas de “máquinas automáticas” que vendem refrigerantes e outros snacks).

É igualmente impressionante o poder da indústria alimentar na promoção (ou não) de leis que salvaguardam (ou tentam salvaguardar) a saúde pública.

Desde a grande corporação de pizzas, que conseguiu que as mesmas fossem enquadradas como “legumes” na capitação das refeições escolares americanas, ou aquelas que “juram a pés juntos” que beber refrigerante não faz mal nenhum (até contribuí para a cota diária de líquidos!).

Os argumentos são muitos, às tantas fazem um paralelismo com a indústria tabaqueira, como conseguiram durante anos impedir que o tabaco fosse considerado um vício ou estivesse na origem de doenças.

Felizmente em Portugal ainda não temos esse tipo de pressões, pelo menos tão evidentes. As nossas crianças têm acesso a uma alimentação relativamente saudável nas escolas (pelo menos o ministério da educação produz orientações nesse sentido), tenta-se evitar a presença de certos snacks nos bares das escolas, a fruta e legumes costumam estar presentes. 

E eu espero mesmo que não sigamos o exemplo Americano, que consigamos aprender com o mau exemplo enquanto é tempo. 

publicado às 12:21

Em busca da alimentação "perfeita"

02.02.17

Sempre me preocupei com a minha alimentação. Fui uma criança gordinha, como tal comecei desde cedo a tentar evitar alguns tipo de alimentos (esforço que nem sempre conseguia).

Entretanto cresci, fui-me informando, passei por várias fases:

  • A fase em que comia de tudo, mas light, evitava as gorduras e açúcares (um erro, produtos light não são saudáveis). Durou pouco tempo, uns dois anos, até ser mãe e começar a pesquisar sobre alimentação saudável para a minha cria.

  •  A fase em que enveredei por uma alimentação baseada em plantas (plant based diet). Não fui vegetariana, pois comia carne e peixe ao fim-de-semana (quando almoçava nos meus pais/sogra) mas evitava ao máximo produtos animais. Ao mesmo tempo, fui pesquisando sobre alimentação viva - crudivorismo. Assim fiquei durante uns anos, com uma pequena interrupção pelo meio (devido a umas obras que me obrigaram ir viver para a casa da minha sogra, onde ela muitas vezes cozinhava para todos).

A minha fase "plant based diet" trouxe-me vários ensinamentos, abri os horizontes para outros sabores, outras formas de cozinhar, outros ingredientes. Aprendi bastante sobre a preparação de leguminosas, o combinar de alimentos, os malefícios do açúcar. Deixei de beber leite, restringindo os lacticínios a um ocasional queijo. Descobri formas de lidar com a minha tendência para anemia (comer verdes, a salsa, evitar os lacticínios após as refeições ricas em ferro não-heme, etc.).

 

 

E tudo parecia correr bem, não fosse o meu corpo: a minha barriga andava inchada como um balão, com dores frequentes tipo cólicas. Culpei o glúten, culpei os lacticínios. Fui a uma consulta de medicina integrativa, onde me foi recomendado o cloreto de magnésio e um probiótico. Tive ligeiras melhoras. Depois pesquisei e descobri a FODMAP:

"FODMAP é uma sigla para:
Fermentable,  Oligosaccharides, Disaccharides, Monosaccharides, 
Polyols 

O que quer dizer que "Foodmaps” são hidratos de carbono fermentáveis que sejam oligosacarídeos (fructanos, galactooligossacarídeos, por exemplo), dissacarídeos (lactose por exemplo) e monossacarídeos (por exemplo frutose em grandes quantidades) e engloba também os polióis (por exemplo manitol, sorbitol, xilitol, isomalte – muito usados como adoçantes mas também existentes em alguns alimentos).

Em muitos casos, todos estes compostos podem ser mal digeridos, permitindo que as bactérias intestinais façam uma fermentação anormal e causem uma série de sintomas – inchaço, dor, flatulência, obstipação/diarreia"

 

Mais umas pesquisas, mais informações, cheguei à alimentação PALEO ou PRIMAL.

Paleolítico” refere-se ao período anterior à invenção da agricultura. O que propomos é uma aproximação ao regime alimentar ao qual nossa espécie está geneticamente adaptada. Da mesma forma que estamos geneticamente adaptados à gravidade da terra, à concentração de oxigénio da nossa atmosfera, à temperatura do nosso planeta, pois estas são as condições que conduziram à nossa evolução, a “dieta” com a qual evoluímos e que moldou os nossos genes."

 

Actualmente procuro seguir os fundamentos da dieta paleo, baseio a minha alimentação em "bicho e planta", evitando o açúcar, os cereais (em especial o glúten), as leguminosas. Como menos fruta do que comia, aumentei a ingestão de certas gorduras e da proteína animal (já que quase não comia).

Se seguir esta alimentação de forma +/- "certa" sinto-me muito melhor dos sintomas gástricos que me acometiam e, curiosamente, quando como glúten (em especial pão - não sei se devido ao fermento) sinto logo diferenças no meu corpo (por exemplo, acordo cheia de dores de costas!).

 

No entanto considero que a alimentação vegetariana, quando bem planeada, traz inúmeros benefícios, quer à saúde, quer ao planeta. Actualmente como carne, mas é com algumas reticencias que o faço: não consigo arranjar carne biológica (ou de pasto) onde vivo, só imagino o que os pobres bichos comem, os medicamentos que tomam, a vida que vivem (confinamento). Daqui a uns tempos, talvez quando deixar de amamentar, vou tentar voltar-me para uma paleo "ovo-lacto-vegetariana" - Pegan.

 

 

publicado às 11:19


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