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Um blog que serve como memória virtual para temas do meu interesse.
Sempre me preocupei com a minha alimentação. Fui uma criança gordinha, como tal comecei desde cedo a tentar evitar alguns tipo de alimentos (esforço que nem sempre conseguia).
Entretanto cresci, fui-me informando, passei por várias fases:
A minha fase "plant based diet" trouxe-me vários ensinamentos, abri os horizontes para outros sabores, outras formas de cozinhar, outros ingredientes. Aprendi bastante sobre a preparação de leguminosas, o combinar de alimentos, os malefícios do açúcar. Deixei de beber leite, restringindo os lacticínios a um ocasional queijo. Descobri formas de lidar com a minha tendência para anemia (comer verdes, a salsa, evitar os lacticínios após as refeições ricas em ferro não-heme, etc.).
E tudo parecia correr bem, não fosse o meu corpo: a minha barriga andava inchada como um balão, com dores frequentes tipo cólicas. Culpei o glúten, culpei os lacticínios. Fui a uma consulta de medicina integrativa, onde me foi recomendado o cloreto de magnésio e um probiótico. Tive ligeiras melhoras. Depois pesquisei e descobri a FODMAP:
"FODMAP é uma sigla para:
Fermentable, Oligosaccharides, Disaccharides, Monosaccharides,
PolyolsO que quer dizer que "Foodmaps” são hidratos de carbono fermentáveis que sejam oligosacarídeos (fructanos, galactooligossacarídeos, por exemplo), dissacarídeos (lactose por exemplo) e monossacarídeos (por exemplo frutose em grandes quantidades) e engloba também os polióis (por exemplo manitol, sorbitol, xilitol, isomalte – muito usados como adoçantes mas também existentes em alguns alimentos).
Em muitos casos, todos estes compostos podem ser mal digeridos, permitindo que as bactérias intestinais façam uma fermentação anormal e causem uma série de sintomas – inchaço, dor, flatulência, obstipação/diarreia"
Mais umas pesquisas, mais informações, cheguei à alimentação PALEO ou PRIMAL.
“Paleolítico” refere-se ao período anterior à invenção da agricultura. O que propomos é uma aproximação ao regime alimentar ao qual nossa espécie está geneticamente adaptada. Da mesma forma que estamos geneticamente adaptados à gravidade da terra, à concentração de oxigénio da nossa atmosfera, à temperatura do nosso planeta, pois estas são as condições que conduziram à nossa evolução, a “dieta” com a qual evoluímos e que moldou os nossos genes."
Actualmente procuro seguir os fundamentos da dieta paleo, baseio a minha alimentação em "bicho e planta", evitando o açúcar, os cereais (em especial o glúten), as leguminosas. Como menos fruta do que comia, aumentei a ingestão de certas gorduras e da proteína animal (já que quase não comia).
Se seguir esta alimentação de forma +/- "certa" sinto-me muito melhor dos sintomas gástricos que me acometiam e, curiosamente, quando como glúten (em especial pão - não sei se devido ao fermento) sinto logo diferenças no meu corpo (por exemplo, acordo cheia de dores de costas!).
No entanto considero que a alimentação vegetariana, quando bem planeada, traz inúmeros benefícios, quer à saúde, quer ao planeta. Actualmente como carne, mas é com algumas reticencias que o faço: não consigo arranjar carne biológica (ou de pasto) onde vivo, só imagino o que os pobres bichos comem, os medicamentos que tomam, a vida que vivem (confinamento). Daqui a uns tempos, talvez quando deixar de amamentar, vou tentar voltar-me para uma paleo "ovo-lacto-vegetariana" - Pegan.